quinta-feira, 26 de julho de 2007

Las de La Intuición (Shakira)

No me preguntes más por mí
Si ya sabes cual es la respuesta
Desde el momento en que te vi
Sé a lo que voy
Yo me propongo ser de ti
Una víctima casi perfecta
Yo me propongo ser de ti
Un volcán hoy
El amor tal vez
Es un mal común
Y así como ves
Estoy viva aun
Será cuestión de suerte.

Creo que empiezo a entender
Despacio, despacio, comienzas a
entender
Nos deseábamos desde antes de nacer
Te siento, te siento, desde antes de nacer
Tengo el presentimiento de que empieza la acción
Adentro, adentro, te vas quedando
Que las mujeres somos las de la intuición
Así, estoy dispuesto a todo amor.

Yo te propongo un desliz
Un error convertido en acierto
Yo me propongo ser de ti
Un volcán hoy
El amor tal vez
Es un mal común
Y así como ves
Estoy viva aun
Será cuestion de suerte.

Creo que empiezo a entender
Despacio, despacio, comienzas a entender
Nos deseábamos desde antes de nacer
Te siento, te siento, desde antes de nacer
Tengo el presentimiento de que empieza la acción
Adentro, adentro, te vas quedando
Que las mujeres somos las de la intuición
Así, estoy dispuesto a todo amor.

Creo que empiezo a entender
Despacio, despacio, comienzas a entender
Nos deseábamos desde antes de nacer
Te siento, te siento, desde antes de nacer
Tengo el presentimiento de que empieza la acción
Adentro, adentro, te vas quedando
Que las mujeres somos las de la intuición
Las de la intuición...

terça-feira, 17 de julho de 2007

domingo, 15 de julho de 2007

Sossega - Fernando Pessoa


Sossega, coração! Não desesperes!
Talvez um dia, para além dos dias,
Encontres o que queres porque o queres.
Então, livre de falsas nostalgias,
Atingirás a perfeição de seres.
Mas pobre sonho o que só quer não tê-lo!
Pobre esperança a de existir somente!
Como quem passa a mão pelo cabelo
E em si mesmo se sente diferente,
Como faz mal ao sonho o concebê-lo!
Sossega, coração, contudo! Dorme!
O sossego não quer razão nem causa.
Quer só a noite plácida e enorme,
A grande, universal, solente pausa
Antes que tudo em tudo se transforme

Miedo - Lenine & Julieta Venegas


Tienen miedo del amor y no saber amar
Tienem miedo de la sombra y miedo de la luz
Tienem miedo de pedir y miedo de callar
Miedo que da miedo del miedo que da

Tienem miedo de subir y miedo de bajar
Tienem miedo de la noche y miedo del azul
Tienem miedo de escupir y miedo de aguantar
Miedo que da miedo del miedo que da

El miedo es una sombra que el temor no esquiva
El miedo es una trampa que atrapó al amor
El miedo es la palanca que apagó la vida
El miedo es una grieta que agrandó el dolor

Tenho medo de gente e de solidão
Tenho medo da vida e medo de morrer
Tenho medo de ficar e medo de escapulir
Medo que dá medo do medo que dá

Tenho medo de acender e medo de apagar
Tenho medo de esperar e medo de partir
Tenho medo de correr e medo de cair
Medo que dá medo do medo que dá

O medo é uma linha que separa o mundo
O medo é uma casa aonde ninguém vai
O medo é como um laço que se aperta em nós
O medo é uma força que não me deixa andar

Tienem miedo de reir y miedo de llorar
Tienem miedo de encontrarse y miedo de no ser
Tienem miedo de decir y miedo de escuchar
Miedo que da miedo del miedo que da

Tenho medo de parar e medo de avançar
Tenho medo de amarrar e medo de quebrar
Tenho medo de exigir e medo de deixar
Medo que dá medo do medo que dá

O medo é uma sombra que o temor não desvia
O medo é uma armadilha que pegou o amor
O medo é uma chave, que apagou a vida
O medo é uma brecha que fez crescer a dor

El miedo es una raya que separa el mundo
El miedo es una casa donde nadie va
El miedo es como un lazo que se apierta en nudo
El miedo es una fuerza que me impide andar

Medo de olhar no fundo
Medo de dobrar a esquina
Medo de ficar no escuro
De passar em branco, de cruzar a linha
Medo de se achar sozinho
De perder a rédea, a pose e o prumo
Medo de pedir arrego, medo de vagar sem rumo

Medo estampado na cara ou escondido no porão
O medo circulando nas veias
Ou em rota de colisão
O medo é do Deus ou do demo
É ordem ou é confusão
O medo é medonho, o medo domina
O medo é a medida da indecisão

Medo de fechar a cara, medo de encarar
Medo de calar a boca, medo de escutar
Medo de passar a perna, medo de cair
Medo de fazer de conta, medo de dormir
Medo de se arrepender, medo de deixar por fazer
Medo de se amargurar pelo que não se fez
Medo de perder a vez

Medo de fugir da raia na hora H
Medo de morrer na praia depois de beber o mar
Medo… que dá medo do medo que dá
Miedo… que da miedo del miedo que da

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Manhã - Ana Carolina


Tudo é o tempo que será
O teu sonho, o teu olhar
Pela janela que se abre e onde passas
Tudo é o meu corpo a percorrer
Um caminho em teu querer
Quando te escuto me chamar, e como sempre

Me chama pela tarde
A vida é tão suave e eu me vou
Vou por entre os cabos, centelhas de mensagens é o que sou

Eu não quero te perder
Eu não quero te prender
Eu só quero te encontrar, uma manhã e um pouco mais

Um desejo de ti

Um desejo de ir
Pela estrada

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Corredores (Ana Carolina)

Eu andei
Sorri, chorei, tanto
Não me arrependi
Ganhei e perdi
Fiz como pude
Lutei contra o amor
E quanto mais vencia, me achava um perdedor
Mais tarde me enganei
Vi com outros olhos
Quando às vezes não amei a mim
Não por falta de amor
Mas amor demais me levando pra alguém
Quem?
Visitou os corredores da minha alma
Soube dos enganos
Secretos planos
E até uns traumas
Sempre fui muito só
Eu andei
Sorri, chorei tanto
Fui quase feliz
Fiz tudo que quis
Fiz como puder
Desprezei meu ego
Dando esmolas a ele com se fosse um cego
Mais tarde me enfeitei
Até pintei os olhos
Quando às vezes não amei a mim
Não por falta de amor
Mas amor demais me escapando pra alguém
Quem?
Visitou os corredores da minha alma
Soube dos meus erros
E dos nós que fiz
Bem na linha da vida
Sempre fui muito só

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Perfumes...


Amor Amor de Cacharel

Floral frutal, doce o suficiente para se saborear. Suas notas combinam tangerina, cereja preta, jasmim de quatro pétalas da Indonésia, lírio-do-vale, almíscar branco e âmbar cinza. Para a mulher moderna, bonita, que gosta de novidades e de celebrar o humor. A composição olfativa de Amor Amor foi criada para responder aos princípios do amor à primeira vista: imediato, vivo e energizante.

Eternity de Calvin Klein

Uma fragrância romântica e eterna. Calvin Klein, inspirou-se em duas histórias de amor, em mundos distantes, para criar este novo perfume. Eternity foi criado para a mulher moderna, apaixonada e romântica.Classificação Olfativa: Buquê Floral.Notas de Cabeça: Framboesa, Mandarim, Artemísia, Frésia, Sálvia.Notas de Coração: Muguet, Liz, Lírio Branco, Lírio do Vale, Narciso.Notas de Fundo: Patchouli, Sândalo, Almíscar.

Deep Red de Hugo Boss

Floral frutal, com notas de pêra, cassis, freesia, madeira de cedro, almíscar e baunilha. Para mulheres sensuais, provocantes e apaixonadas.

Laguna de Salvador Dalí

Floral refrescante, para a mulher jovem e moderna. Suas notas combinam limão, tangerina, ameixa, abacaxi, lírio-do-vale, rosa, íris, sândalo, âmbar, almíscar e baunilha.

segunda-feira, 9 de julho de 2007


Há tantas coisas que podem acontecer, infinitas coisas, não tenho como saber.
Passei boa parte da vida tendo certezas absolutas.
Meu pai era imortal.
Minha mãe sempre sabia de tudo.
Meu irmão resolvia qualquer problema.
Meu casamento iria durar até ficarmos velhinhos.
Meus filhos seriam pessoas com todas as respostas para mim.
Minha profissão iria garantir minha subsistência.
A vida seria um carrossel, algodão-doce e maçã do amor jamais faltariam.
Meus cabelos nunca ficariam brancos, médicos serviriam para preencher guias e solicitar exames.
Meus cachorros jamais morreriam antes de mim.
Minha casa ficaria limpa para sempre.
Aquela roupa maravilhosa sempre iria servir em mim e nunca sairia de moda. Não importa que fosse verde-limão com bolinhas cor de abóbora.
Sempre ficaria linda de minissaia e a próxima turnê do Queen no Brasil eu não perderia por nada.
Dois furos na orelha, coisa de malucos.
Hoje fiz uma tatuagem

sexta-feira, 6 de julho de 2007




"O meu mundo não é como o dos outros, quero demais, exijo demais; há em mim uma sede de infinito, uma angústia constante que eu nem mesma compreendo, pois estou longe de ser uma pessimista; sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudades? sei lá de quê!"

(Florbela Espanca)

A Compaixão de Garuda


No monte Kailás – o Kailás sutil, não visível aos olhos humanos, está situada a morada de Shiva.
Uma tarde, Vishnu foi visitar Shiva e deixou Garuda, seu veículo vivo, em frente ao grande arco natural que levava a esta morada.
(Garuda é um pássaro gigantesco que Vishnu – o preservador – usa como montaria)
Garuda, contemplava a imensidão quando viu um pássaro minúsculo, pousado num arbusto ali perto...
- Que prodigioso o Senhor do Universo...pode fazer coisas grandiosas como o Himalaya e coisas mínimas como este pássaro e ambas maravilhosas...
Nisso Yama, a deidade que preside o destino e a morte, cruzou o arco e seus olhos se detiveram no pássaro e ela o examinou atentamente e depois, com um erguer de sobrancelhas, se foi...
- Quando Yama olha desta forma para alguém é porque o seu tempo acabou...mas vou salvar este pequeno pássaro...
E assim fez; nas suas imensas asas, carregou o pequenino para muito longe, muito longe, e o colocou delicadamente, nos ramos baixos de um arbusto que ficava a beira de um regato.
Feito isto voltou para seu lugar, a espera que Vishnu acabasse sua visita...
Mas eis que passa Yama, de volta, e Garuda, curioso, a interpela:
Você olhou muito interessada para o pequeno pássaro que aqui estava...o que a fez ficar tão pensativa...
Yama respondeu: é que vi aquela pequena ave, num lugar longe, muito longe, num arbusto, à beira de um regato...ela estava sendo devorada por uma serpente...e eu me perguntei...como será que esse pássaro tão pequeno, conseguirá vencer tão longa distância....

Fazer análise é abrir as portas do inferno?

"Oh! Mas os neuróticos, eles são tão delicados, e como agir?
Eles são incompreensíveis, essa gente, palavra de pai de família..."
Jacques Lacan



Análise é foda!

Vim pensando... será mesmo que é melhor? Pensar com as "entrepernas"? Ao contrário de ficar ruminando pensamentos que não levam a lugar nenhum... afinal.. o que está feito está, e o que não aconteceu não posso ter como saber, ou controlar... Será? Será mesmo? De fato... na hora é bom, muuuito bom!

Fazer análise é mesmo abrir as portas do inferno?

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Metade (Oswaldo Montenegro)


Que a força do medo que tenho
não me impeça de ver o que anseio
que a morte de tudo em que acredito
não me tape os ouvidos e a boca
porque metade de mim é o que eu grito
mas a outra metade é silêncio.
Que a música que ouço ao longe
seja linda ainda que tristeza
que a mulher que amo seja pra sempre amada
mesmo que distante
porque metade de mim é partida
mas a outra metade é saudade.
Que as palavras que eu falo
não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com
fervor
apenas respeitadas como a única coisa
que resta a um homem inundado de sentimentos
porque metade de mim é o que ouço
mas a outra metade é o que calo.
Que essa minha vontade de ir embora
se transforme na calma e na paz que eu mereço
e que essa tensão que me corrói por dentro
seja um dia recompensada
porque metade de mim é o que penso
mas a outra metade é um vulcão.
Que o medo da solidão se afaste
e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos
suportável
que o espelho reflita em meu rosto num doce sorriso
que eu me lembro ter dado na infância
porque metade de mim é a lembrança do que fui
a outra metade não sei.
Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
pra me fazer aquietar o espírito
e que o teu silêncio me fale cada vez mais
porque metade de mim é abrigo
mas a outra metade é cansaço.
Que a arte nos aponte uma resposta
mesmo que ela não saiba
e que ninguém a tente complicar
porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
porque metade de mim é platéia
e a outra metade é canção.
E que a minha loucura seja perdoada
porque metade de mim é amor
e a outra metade também.

Tanta saudade


Djavan - Chico Buarque (1983)

Era tanta saudade
É, pra matar
Eu fiquei até doente
Eu fiquei até doente, menina

Se eu não mato a saudade
É, deixa estar
Saudade mata a gente
Saudade mata a gente, menina

Quis saber o que é o desejo
De onde ele vem
Fui até o centro da terra
E é mais além
Procurei uma saída
O amor não tem
Estava ficando louco
Louco, louco de querer bem

Quis chegar até o limite
De uma paixão
Baldear o oceano
Com a minha mão
Encontrar o sal da vida
E a solidão
Esgotar o apetite
Todo o apetite do coração

Mas voltou a saudade
É, pra ficar
Ai, eu encarei de frente
Ai, eu encarei de frente, menina
Se eu ficar na saudade
É, deixa estar
Saudade engole a gente
Saudade engole a gente, menina

Ai, amor, miragem minha, minha linha do horizonte, é monte atrás de monte, é monte, a fonte nunca mais que seca
Ai, saudade, inda sou moço, aquele poço não tem fundo, é um mundo e dentro um mundo e dentro um mundo e dentro é um mundo que me leva

http://br.youtube.com/watch?v=BSyvB6mpVMs

Milagres do Photoshop


Brilho Eterno de Uma Mente sem Lembranças???
Não, só uma forma de "limpar" os momentos alegres... rsrsrs
(valeu luciano) bjs

De Esclavitud Y De Cadenas - Bunbury & Vegas


Queriéndote como ya no se estila,
sin una gota de decencia,
me casaré contigo todas la veces
siempre que sea estrictamente necesario,
porque eres en mi caso lo que la fé suele ser para los
desesperados,
quizás superstición, quizás vocación de suicida
incandecente sin una gota de cordura.

Si pensara menos con la cabeza,
menos con el corazón y más con la entrepierna,
el triunfo del amor en estos tiempos de pena y olvido,
el vino y la miseria devolvieron a mi casa
la flecha arrojada, la palabra ya dicha,
la oportunidad despreciada, la vida pasada que no
volverá,
y es un hecho.

Te fecundaria con un simple pensamiento de amor,
para algo ha de servir este dolor que siento, lo
siento.
Esta pálida tristeza de deseo, de esclavitud y de
cadenas,
no me importa saber quien soy, si es que soy alguien
o aprendiz de puta o crucigrama sin resolver,
esta pasión de enredadera, de cumbre o precipicio,
de silicio o mansedumbre.

Si pensara menos con la cabeza,
menos con el corazón y más con la entrepierna,
el triunfo del amor en estos tiempos de pena y olvido,

el vino y la miseria devolvieron a mi casa
la flecha arrojada, la palabra ya dicha,
la oportunidad despreciada, la vida pasada que no
volverá,
y es un hecho.

para escutar: http://br.youtube.com/watch?v=RcAIwDno9OY

Northern Lad - Tori Amos




Had a northern lad
Well not exactly had
He moved like the sunset
God who painted that
First he love my accent
How his knees could bend
I thought we'd be ok
Me and my molasses
But I feel someting is wrong
But I fell this cake just isn't done
Don't say that you Don't
And if you could see me now
Said if you could see me now
Girls you've got to know
When it's time to turn the page
When you're only wet
Because of the rain
He don't show much these days
It's gets so fucking cold
I loved his secret places
But I can't go anymore
"you change like sugar cane"
Says me northern lad
I guess you go too far
When pianos try to be guitars
I feel the west in you
And I feel it falling apart too
Don't say that you Don't
And if you could see me now
Said if you could see me now
Girls you've got to know
When it's time to turn the page
When you're only wet
Because of the rain
When you're only wet
Because of the rain

quarta-feira, 4 de julho de 2007


Poema de Mulher (Autor Desconhecido)

Que mulher que nunca teve
Um sutiã meio furado,
Um primo meio tarado,
Ou um amigo meio viado?

Que mulher nunca tomou
Um fora de querer sumir,
Um porre de cair
Ou um lexotan para dormir?

Que mulher nunca sonhou
Com a sogra morta, estendida,
Em ser muito feliz na vida
Ou com uma lipo na barriga?

Que mulher nunca pensou
Em dar fim numa panela,
Jogar os filhos pela janela
Ou que a culpa era toda dela?
Que mulher nunca penou
Para ter a perna depilada,
Para aturar uma empregada
Ou para trabalhar menstruada?

Que mulher nunca comeu
Uma caixa de Bis, por ansiedade,
Uma alface, no almoço, por vaidade
Ou, um canalha por saudade?

Que mulher nunca apertou
O pé no sapato para caber,
a barriga para emagrecer
Ou um ursinho para não enlouquecer?


Que mulher nunca jurou
Que não estava ao telefone,
Que não pensa em silicone
Ou que "dele" não lembra nem o nome?

Volver A Mi - Fito Páez


Estoy tragándome el dolor
mordiendo el polvo del amor
vivo solo y encerrado en una gran habitación
esperando una maldita decisión
pensándolo un poco mejor
no sé quién te crees que sos
no me vas a hacer el juego
soy la luz y soy el gas
y ya no me queda tiempo para vos...
es hora de volver a mí, a contar
las cosas que me hacían bien, de verdad
es hora de volver a mí, a cantar
yo necesito ver el sol, de verdad,
tenías que fallarme así
no es fácil hacerme sufrir
pero vos tenías las llaves de la ventana
que da al infierno aquél
y yo estaba entre la espada y la pared
no puedes explicármelo
no hay forma de explicárselo
es posible que me traigas un perfume del pasado
pero nunca más el néctar de la flor
es hora de volver a mí, a contar
yo necesito ver el sol, de verdad
es hora de volver a mí, a cantar
las cosas que me hacían bien, de verdad
es hora de volver a mí, a cantar
es hora de volver a mí, a brillar
es hora de volver a mí, una vez más
yo necesito ver el sol de verdad

Sugar (Tori Amos)


don't say morning's come
don't say it's up to me
if I could take twenty five minutes
out of the record books

sugar
he brings me sugar

bobby's collecting bees
and hammers he used one on me
cold war with little boys
get in with a bubble gum trade

and...
sugar, bring me sugar
and all the robins bring
bring me many things
but...
sugar, oh sugar

he brings me sugar
as far as I can tell
i've been gone for miles now

and you know and I know
i don't know me very well

and I know and you know
if they found me out...

sugar
he brings me sugar
and all the robins bring
they bring me many things but...

sugar
he brings me sugar
and all the robins bring
they bring many things but...

sugar
Um dia você aprende (William Shakespeare)

Depois de algum tempo você aprende a diferença,
a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma.
E você aprende que amar não significa apoiar-se,
e que companhia nem sempre significa segurança.
E começa a aprender que beijos não são contratos
e presentes não são promessas
E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida
e olhos adiante, com a graça de um adulto
e não com a tristeza de uma criança.
E aprende a construir todas as suas estradas no hoje,
porque o terreno amanhã é incerto demais para os planos,
e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.
Depois de um tempo você aprende que o sol queima
se ficar exposto por muito tempo.
E aprende que não importa o quanto você se importe,
algumas pessoas simplesmente não se importam...
E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa,
ela vai feri-lo de vez em quando
e você precisa perdoá-la por isso.
Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobre que se leva anos para se construir confiança
e apenas segundos para destruí-la,
e que você pode fazer coisas em um instante,
das quais se arrependerá pelo resto da vida.
Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer
mesmo a longas distâncias.
E o que importa não é o que você tem na vida,
mas quem você tem na vida.
E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
Aprende que não temos que mudar de amigos
se compreendemos que os amigos mudam,
percebe que seu melhor amigo
e você podem fazer qualquer coisa,
ou nada, e terem bons momentos juntos.
Descobre que devemos deixar as pessoas que amamos com
palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos.
Aprende que as circunstâncias e os ambientes
tem influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos.
Começa a aprender que não se deve comparar com os outros,
mas com o melhor que pode ser.
Descobre que se leva muito tempo
para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.
Aprende que não importa onde já chegou,
mas onde está indo, mas se você não
sabe para onde está indo, qualquer lugar serve.
Aprende que, ou você controla seus atos
ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco
ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada
e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.
Aprende que heróis são pessoas
que fizeram o que era necessário fazer,
enfrentando as conseqüências.
Aprende que paciência requer muita prática.
Descobre que algumas vezes
a pessoa que você espera que o chute,
quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.
Aprende que maturidade tem mais a ver
com os tipos de experiências que se
teve, e o que você aprendeu com elas,
do que com quantos aniversários você celebrou.
Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.
Aprende que nunca se deve dizer
a uma criança que sonhos são bobagens,
poucas coisas são tão humilhantes,
e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando está com raiva
tem o direito de estar com raiva, mas isso
não lhe dá o direito de ser cruel.
Descobre que só porque alguém não o ama do
jeito que você quer que ame,
não significa que esse alguém não sabe amar,
contudo, o ama como pode,
pois existem pessoas que nos amam,
mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém,
algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo.
Aprende que com a mesma severidade com que julga,
você será em algum momento condenado.
Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido,
o mundo não pára para que você o conserte.
Aprende que o tempo não é algo que possa
voltar para trás, portanto, plante seu jardim e decore sua alma,
ao invés de esperar que alguém lhe traga flores...
E você aprende que realmente pode suportar...
que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de
pensar que não se pode mais.
E que realmente a vida tem valor
e que você tem valor diante da vida!
Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos
conquistar, se não fosse o medo de tentar.

http://br.youtube.com/watch?v=4xOF44Lz-ac


HONEY (Tori Amos)

a little dust never stopped me none
he liked my shoes i kept them on
sometimes i can hold my tongue, sometimes not
when you just skip-to-loo, my darlin'
and you know what you're doin' so don't even

you're just too used to my honey, now
you're just too used to my honey

and i think i could leave your world
if she was the better girl
so when we died i tried to bribe the undertaker
'cause i'm not sure what you're doin' or the reasons

you're just too used to my honey, now
you're just too used to my honey
hey, yeah...you're just to used to my honey, now

don't bother coming down
i made a friend of the western sky
don't bother coming down
you always like your babies tight

turn back one last time, love to watch those cowboys ride
but cowboys know cowgirls ride on the indian side
and you know what you're doin' so don't even

you're just too used to my honey, now
you're just too used to my honey
hey, yeah...you're just too used to my honey
you're just to used to my honey, now

terça-feira, 3 de julho de 2007

Eu sei, mas não devia (Marina Colasanti)



Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia. A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E porque à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.A gente se acostuma a acordar de manhã, sobressaltado porque está na hora.A tomar café correndo porque está atrasado. A ler jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíches porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia. A gente se acostuma a abrir a janela e a ler sobre a guerra. E aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E aceitando as negociações de paz, aceitar ler todo dia de guerra, dos números da longa duração. A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto. A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que paga. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com o que pagar nas filas em que se cobra.A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes, a abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema, a engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.A gente se acostuma à poluição. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às besteiras das músicas, às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À luta. À lenta morte dos rios. E se acostuma a não ouvir passarinhos, a não colher frutas do pé, a não ter sequer uma planta.A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente só molha os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda satisfeito porque tem sono atrasado. A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele.Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito.A gente se acostuma para poupar a vida.Que aos poucos se gasta, e que, de tanto acostumar, se perde de si mesma.

Só de Sacanagem - Elisa Lucinda

Meu coração está aos pulos!
Quantas vezes minha esperança será posta à prova?
Por quantas provas terá ela que passar? Tudo isso que está aí no ar, malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro, do meu, do nosso dinheiro que reservamos duramente para educar os meninos mais pobres que nós, para cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais, esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais.
Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta à prova?
Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais?
É certo que tempos difíceis existem para aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz.
Meu coração está no escuro, a luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e os justos que os precederam: "Não roubarás", "Devolva o lápis do coleguinha", "Esse apontador não é seu, minha filha". Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido que escutar.
Até habeas corpus preventivo, coisa da qual nunca tinha visto falar e sobre a qual minha pobre lógica ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao culpado interessará. Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear: mais honesta ainda vou ficar.
Só de sacanagem! Dirão: "Deixa de ser boba, desde Cabral que aqui todo mundo rouba" e vou dizer: "Não importa, será esse o meu carnaval, vou confiar mais e outra vez. Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos, vamos pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês. Com o tempo a gente consegue ser livre, ético e o escambau."
Dirão: "É inútil, todo o mundo aqui é corrupto, desde o primeiro homem que veio de Portugal". Eu direi: Não admito, minha esperança é imortal. Eu repito, ouviram? Imortal! Sei que não dá para mudar o começo mas, se a gente quiser, vai dar para mudar o final!
ana carolina recitando só de sacanagem: http://br.youtube.com/watch?v=MjJ2yFlefps