terça-feira, 15 de abril de 2008


“O sintoma é força violenta e estranha que obriga o sujeito, tornado sua vítima, a repetir um gesto muitas vezes contrário à coerência racional de uma vida. Um gesto que desagrada também ao próprio sujeito, pois nele há uma discordância discursiva que mostra, numa dupla face, de gozo e sofrimento, o que não anda bem naquela vida. Cada um de nós tem o seu sintoma como marca originária. O sujeito está condenado a repetir este ponto, que muitas vezes o atravanca e não permite que as coisas possam caminhar bem na sua vida, como uma repetição traumática de um traço ignorado por ele mesmo. É algo que diz respeito à sua historicidade. São as coisas que fazemos a despeito de nós mesmos e contra o nosso querer racional. É uma necessidade de se fazer mal. E isso pode ser insuportável quando estamos numa patologia psíquica.”
José Nazar - Psicanalista

Liberdade é pouco.

O que desejo ainda não tem nome...

quarta-feira, 19 de março de 2008


Bem-aventurados os que conseguem não ser normais e se destacar.
Bem-aventurados os que continuam a falar a partir do desejo, depois de esgotada a queixa.
Bem-aventurados os que têm ideais, mas não o levam tão a sério.
Bem-aventurados os que suportam espaços vazios e silêncios, sem enlouquecer.
Bem-aventurados os que saem da culpa e entram na responsabilidade do bem-dizer.
Bem-aventurados os que guiam sua ação por um cálculo coletivo, ou dos pequenos outros e não mais pelo reconhecimento do Outro.
Bem-aventurados os que suportam o encontro, a surpresa, o acaso.